segunda-feira, 13 de abril de 2009

Desconstrução do amor

Não venha me falar do café forte, do meu sexo por esporte, da sua cara de espanto.

Não venha discutir o que é passado, ou cada cigarro picado que sempre me irrita a voz.

Não venha me dizer que eu to errada, não quero pensar em nada, eu não vou me converter.

Não quero mais privar-me a cada grito ou poupar-me dos suspiros, seja prazer, medo ou dor.

Não gosto de pensar a cada passo, eu preciso é dos buracos que me fazem tropeçar

Pois sei que a minha dor é como um forte que me protege da sorte e que me faz ser maior

Pois sempre que essa dor se torna um gozo, tudo começa de novo, tudo me faz renascer.

Não venha me falar sobre o destino, sobre os seus tempos de menino, ou sobre amanhã de manhã

Eu rôo até o fim da minhas unhas, eu sempre me descabelo e assim eu me sinto melhor

Pois sei que nosso caso é puro instinto e quanto mais fingimos, menos estamos sós.

Pois sei que os meus e seus defeitos nos consomem por inteiro e ainda assim somos nós

Você tão preocupado com o tempo e eu controlando os meus ponteiros invento um dia maior

Você preocupado com a grana e eu te chamando pra cama digo que o fim é melhor

E o resto do que somos nos completa e em nossa pequena guerra desconstruímos o amor.

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Talvez por isso meus blogs nunca dão duram. Eu sempre posto esse meu texto.

E minha vida semrpe gira.

2 comentários:

  1. Absinto pra mim é a bebida da fada verde e só. huauhauha

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  2. Sempre bom ver voce escrevendo...
    Fred.

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