sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Do princípio ao fim

Me perdoa se eu peco em desejar desejos absurdos e em sonhar o surreal
Me perdoa pelo mundo de quimeras, fantasias e irreais pr'onde insisto em mudar
Me perdoa se o que quero envolve o enlace de nossos dedos e o calor dos nossos corpos
Me perdoa se no começo do meu imaginário nos entregávamos além do que fomos
E nos tornávamos além do que somos
Me perdoa se peço perdão a mim por não me perdoar pelo meu querer
E querer mais
Me perdoa, e assim, me faz eu.

Me desculpe se penso demais nas noites que nunca terminam
Ou se me entrego às madrugadas
Me desculpe se no aguardar da aurora me limito ao não agir
Me desculpe se lhe permito me julgar pelo erros que aceito
Me desculpe por aceitar como normal o que pode preocupar
E me preocupar com o que não lhe revelo
Me desculpe se reajo na velocidade das batidas de um coração
Que já pode estar disritmado.
Me desculpa, e assim, me toma algo teu.

Me aceita pelos meus erros, porque eles me ensinaram a acertar
Ou aceita pelos defeitos que tornam o bom, melhor
Aceita pelo que ofereço
Mesmo que isso faça com que espere demais
Aceita as precipitações, preocupações, pressentimentos
Por tudo aquilo que vem antes do que deveria
E me ocasiona estragar o que há de chegar
Me aceita, porque eu me aceito, me desculpo e me perdoo.

E paremos com perdões, desculpas e aceitações.
Ou paremos com nós.
Ou apenas, paremos.