quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Quando há chuva

Deslize pelo meu corpo o cansaço, retire de meus ombros a dor
Que enxarquem todos cachos do cabelo, borre a maquiagem, dissolva-se às lágrimas
Escorre entre meus dedos, água
E deságue a correr em valas, pelo chão de encontro aos pés e sapatos
Lava sentimentos sem sentido, irrigue sementes que nascem em mim
Desconcerte com com trovões e relampejos os pensamentos
Provoque meus desejos. Seja eu.

Chova-me
Tempestade-me
Temporal