hoje eu começo a ver partir um pouco do tudo que amo.
porque não há de ser desapego se não amar, com tudo, aquilo que deixar ir.
porque não existe perda se não houve ganho
hoje eu começo a deixar dilacerar dores que evitei
e abro portas e janelas onde entram meus medos
hoje eu tenho dúvidas onde não nasceram certezas
e me vejo envolta num castelo de cartas que montei
hoje o vento me segura ou me destrói
ou talvez eu seja vento
e sopre com o tempo tudo
que é poeira e fim
hoje eu já não sei de mim
e sinto o que a ti pertence
e hoje, quando a digo que não sei
asseguro que estarei
passado, presente e futuro. Aqui.
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Há dias que as palavras soam emo
e as dores dos outros doem em mim
e as palavras já não são minhas.